Todas as quintas os meus vizinhos, estudantes, fazem uma festa no terraço do prédio com todos os seus amiguinhos. Ou são do liceu ou caloiros, ainda não descobri (e não me parece que tenha mais oportunidades de descobrir, depois de hoje).
O que é certo é que me enervam e apetece-me matá-los (é uma nova mania que ganhei desde a Madeira, pensar em matar pessoas alivia o espírito). Não é o som da música, porque eu até moro a dois andares de distância, mas são os gritos e as canções nas escadas do prédio e o sobe e desce que emite um som semelhante a uma manada de búfalos em migração para os prados das planícies (as escadas são em madeira).
Mas hoje chegaram às quatro da manhã e decidiram continuar a festa... claro que a partir das oito tiveram azar e a rave improvisada teve que acabar, a gentil (dentro do género) pedido do senhorio.
Sou uma intransigente e intolerante, até parece que nunca fiz o mesmo ou parecido! - escusam de me dizer isto, eu sei! Mas há gente que trabalha! :-) É um sinal de crescimento, de idade...
Por outro lado, creio que este amadurecimento e seriedade deveriam fazer com que deixasse de defender aquela utópica ideia de ter restaurantes e autocarros e aviões para pessoas com filhos e pessoas sem filhos. Assim como as zonas de fumadores. Mas lá bem no fundo... não.
Atenção, a minha sobrinha é COMPLETAMENTE diferente! A criança praticamente não grita e quando o faz não causa nenhuma irritação ao ouvido! Além disso, ainda na quarta me fez festinhas!!! Pronto, e as filhas dos meus amigos...
Pronto, já disse, agora vou continuar nos maquiavélicos planos mentais de bombas e mísseis e tudo o que rebente ali para os lados da América Latina.
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