quinta-feira, 5 de junho de 2008

Surpresa II!

Não me lembro da última vez que recebi uma carta, um postal, uma cena manuscrita com um selo. Mesmo em Coimbra.
Aqui na minha caixa de correio páram os extractos bancários (os vários!), as contas a pagar (infelizmente também q.b.) e a publicidade bilingue (neerlandês e francês, o que é optimamente confuso para quem percebe pouco de uma e quase nada de outra).

Isto até esta semana.

Ontem recebi um postal da dupla maravilha Ricky&GooGoo, emigrantagem de Munique (um misto de Portugal e Índia, mas very british), a recordar o segundo fim-de-semana em que tive visitas em Bruxelas. A primeira foi a Sofs (AKA Té), no turbilhão de emoções (lindo) que rodeiam uma partida/corte/começar de novo/afastamento, e com quem me perdi pelas primeiras vezes por Bruxelas (ainda houve muitas mais vezes... eeerrrr... há!).

Hoje recebi uma carta. Sem código postal, só o nome da rua, o número da porta e a cidade. E adivinho porquê: passámos horas a soletrar o nome da minha rua e a sua pronúncia em francês - isto é, com a boca quase fechada, com o mínimo de movimento labial - esquecemo-nos de gozar também com o código postal... Remetente: uma tabacaria de Lisboa. Selo: alemão. Conteúdo do envelope: um postal. Atrás: "I am E. and you are a... very nice person!"

Flashback:
Quando o emigrado Ricky anunciou que me vinha visitar, acompanhado pela "amiga colorida", fiquei entusiasmada! Mais tarde: "Ah, e tal, o K. também é capaz de ir de Dortmund, como é fim-de-semana prolongado..." Tudo bem, há espaço, na boa... Quando dei conta, tinha o frigorífico atestado de vinho e cerveja e a casa cheia de alemãs/ães (fotos soon), tipo... digamos... sete pessoas num T1. Ao contrário do que seria de esperar (de moi, que bem me conheço), não tive um ataque de ansiedade, não me enervei, não me chateei com ninguém e foi, na realidade, um fim-de-semana espectacular, que incluiu um Picnik Elektronique e mais ou menos 200 metros de muuuiiiiiitttaaa animação!!!


Nunca simpatizei muito com alemães. Não sei explicar porquê, mas julgo que será da língua, para mim desconhecida, e que me soa agressiva. Serve o presente post para dizer que já gosto de alemães. E afinal daqui à Alemanha, são só... say... 200 metros?

3 comentários:

RUX disse...

Ou muito me engano, ou vais ter mais correspondencia brevemente...

Mono disse...

Pikininipis??? Só a Névia é que me chama isso :P
Está bem atão!
Quanto aos alemães, tenho a dizer que batem um bocado mal da moina. Da última vez que estive por lá, fiquei num hotel com um edredão que cobria apenas metade da cama e no qual me consegui encaixar mesmo à rasquinha (foi em fevereiro e estava um frio daqueles). Claro que em compensação, o aquecimento do quarto era brutal e acabei por saber que o edredão piqueno era norma por aquelas bandas (só descobri o aquecimento na segunda noite...).

Mol disse...

Piki,
Grande lata! Tanto trabalho para te arranjar uma alcunha para agora me dizeres uma coisa dessas... ingrato... é melhor que sardinha, ou robalo!

E olha... aquilo está dobrado, o edredão: a cena é chegares ao hotel e seres tu a fazer a cama, isto é, pôr a cobertura ao comprido e não dobrada ao largo... para a próxima já sabes! Eu sei, não faz sentido, mas é assim.